Médicos internistas da especialidade de saúde geral e familiar manifestaram-se em Leiria pelo direito dos utentes do SNS a um médico de família.
A região administrada pelo Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral (ACES-PL) à qual pertence o concelho de Porto de Mós, tem neste momento, segundo dados dos manifestantes, cerca de 40 mil utentes sem médico de família. Para dar resposta a esta situação seriam necessários cerca de 30 novos médicos de saúde geral e familiar mas a Administração Região de Saúde do Centro, com sede em Coimbra, apenas abriu 8 vagas, sendo uma delas atribuída a Porto de Mós. Os médicos que se manifestaram em Leiria expressaram a sua perplexidade perante esta situação.
O QUE ESTÁ EM CAUSA
Na verdade, estes jovens médicos são naturais ou têm residência ou laços familiares na nossa região mas só com muita sorte poderão exercer aqui a sua profissão uma vez que os concursos nacionais não contemplam qualquer fator regional que dê preferência a estes médicos. É esta, portanto a perplexidade: Havendo falta de médicos na região e havendo médicos daqui naturais que gostariam de exercer aqui a sua profissão, não o podem fazer por falta de vagas disponibilizadas pela ARSCentro e também por não haver um critério regional nos concursos nacionais de colocação de médicos de saúde geral e familiar.
Num gesto de apoio a esta justa reivindicação dos jovens médicos internistas estive Carlos Cortes, presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Rui Passadouro, do Conselho Clínico e de Saúde do ACES-PL alguns membros da Assembleia Municipal de Leiria, João Gabriel em representação da Ur’Gente e outros utentes.
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