“Aire e Candeeiros” é o nome preferido para a nova USF

A sondagem feita pela Ur’Gente durante a Feira da Saúde de Porto de Mós mostra que “Aire e Candeeiros” é o nome que os utentes preferem para a nova unidade de saúde em processo de instalação no nosso Centro de Saúde.

A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) irá substituir a antiga Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e tem por função prestar serviços de qualidade e de proximidade, baseando-se numa nova forma de organizar a acessibilidade dos utentes à saúde. Estas unidades com autonomia administrativa, técnica e funcional organizam-se de forma voluntária, isto é, por proposta e adesão dos profissionais de saúde.
O modelo USF de organização dos cuidados de saúde de proximidade, nasceu em 2006, mas só agora, 17 anos depois, está a ser possível implementar em Porto de Mós, numa altura de enorme crise por falta generalizada de médicos.


Segundo o Portal da Transparência do SNS o número de utentes sem médico de família em Portugal, em abril de 2023 era de 1.678.226 (16% da população)
Já nas sete freguesias de Porto de Mós cobertas pela UCSP, também em abril,  eram 7 000 os utentes sem médico de família, segundo dados comunicados pela coordenação da UCSP. (49% da população).

Utentes sem Médico

Assim, se em Portugal há 16% da população sem Médico de Família, na UCSP de Porto de Mós esse número sobe drasticamente para quase metade da população, em abril último. Esta é a dimensão real do nosso problema de acesso aos cuidados de saúde.

 A criação de uma Unidade de Saúde Familiar, por si só, não resolverá o problema da captação de médicos para as nossas freguesias. É necessário fazer mais, e todos somos interpelados a encontrar respostas, como um dever de cidadania.
Gritar a urgente necessidade de cuidados médicos em manifestações públicas, sensibilizar os decisores administrativos, cativar médicos com bons argumentos, apoiar as reivindicações justas dos nossos profissionais, são apenas alguns caminhos que poderemos seguir.

Nada é definitivo, nem quando estamos bem servidos nos cuidados de saúde nem quando passamos, como agora, pela provação desta escassez severa …

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